Vale a pena ser feliz

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Vale a pena apreciar Vermeer


Tomei contato com as obras de Vermeer através de minha cunhada que também é pintora nas horas livres. Ela acabara de ler o livro" Eu fui Vermeer" e me relatava a história da falsificalção de quadros e eu fiquei entusiasmada diante deste emaranhado universo que é de artistas, marchands, leilão e colecionadores.

Daí, li a vida de Vermeer e procurei pelas suas obras em revistas especializadas e sites na internet. Fiquei maravilhada! Já tinha visto o filme sobre ele (A moça de brinco de pérola) e algo já sabia a seu respeito, mas dessa vez mergulhei na pesquisa e criei um vídeo, a partir das imagens retiradas da Wikipédia e do site www.pitoresco.com.br, como se vê na apresentação(1ª tela do vídeo). Aliás, este site é maravilhoso...

Acho que o vídeo abarca vários aspectos que não quero repetir, mas apresenta uma lacuna : por que a pintura de Vermeer(1632-01675), no século XVII, é tão diferente, nos temas principalmente, dos outros artistas famosos da mesma época?

Há, pois, que ressaltar uma breve história dos Países Baixos, onde se encontra a Holanda,país de Vermeer, para entender um pouco mais este aspecto.
A instalação de uma nova ordem nos Países Baixos em 1609 proporcionou uma diferença cultural entre as províncias do norte com as do sul. As províncias do norte sob o domínio do Protestantismo aboliu a devoção a imagens, desvinculando a Arte da igreja. Não havendo, também, uma cultura palaciana, como estavam as províncias do sul sob o domínio da corte católica espanhola, o desenvolvimento de uma arte mais singela se tornou necessária, cujos temas vinham do cotidiano da classe média. Já no sul, a temática das pinturas permanecia nos temas eruditos, históricos, mitológicos e religiosos.

Um outro aspecto que deve ser ressaltado é o desenvolvimento econômico no norte, propiciando o enriquecimento da classe média, com gosto pelas obras artísticas do cotidiano e da natureza morta, enquanto que no sul a cultura espanhola das cortes sufocou a expansão da burguesia. Daí que a classe média holandesa encomendava quadros para decorar suas casas e o tamanho das pinturas teve que ficar adequado a essa nova exigência. Então, as grandes dimensões, comuns em quadros da corte, ficaram destinadas a prédios públicos.

É nesse ambiente cultural que nasce Vermeer.

Agora, vamos ao vídeo:



Comentário da Revista Veja -on line de 18/07/2001:

Luz própria

Feita no século XVII, a pintura de
Vermeer parece cada vez mais
moderna e desafiadora

Isabela Boscov, de Londres
clique nas imagens para vê-las ampliadas
Fotos National Gallery
O Copo de Vinho: sensação de invasão de privacidade

Em 1902, o escritor francês Marcel Proust foi a uma exposição em Haia, na Holanda, que o marcou para o resto da vida. "Vi o quadro mais bonito do mundo", diria. A tela em questão era do holandês Johannes Vermeer, que viveu entre 1632 e 1675. Proust ficou tão impressionado que, em seu romance Em Busca do Tempo Perdido, uma das obras-primas da literatura do século XX, incluiu um personagem que morre ao constatar que jamais seria capaz de escrever com a beleza com que Vermeer pintava. Os espectadores da concorridíssima mostra Vermeer e a Escola de Delft, em cartaz na National Gallery de Londres até 16 de setembro, podem até não experimentar uma epifania semelhante. Mas não há dúvida de que se entregam de corpo e alma ao mundo silencioso e mesmerizante contido nos treze trabalhos do holandês expostos ali.

Até a década passada, o nome de Vermeer era assunto apenas para um círculo de conhecedores. Esse panorama mudou com uma mostra na National Gallery de Washington, entre 1995 e 1996. Ela abrangia 21 das cerca de três dúzias de pinturas atribuídas a Vermeer, mais do que qualquer outro museu reunira até então. Graças a esse evento, e ao alarde que ele causou, o público descobriu um "novo" gênio. Hoje, ele prestigia em massa exposições de seus quadros e se deslumbra com seu uso da luz, suas composições intrigantes e sua obsessão de retratar figuras femininas absortas em alguma tarefa trivial – como despejar leite numa tigela, ler cartas ou beber vinho. Vermeer e a Escola de Delfatraído tanta gente que é preciso t é uma dessas mostras de sucesso. Tem fazer fila na frente de cada uma das telas. As de Vermeer, claro, são as mais disputadas. Mas a briga também é boa diante das mais de setenta outras pinturas com que se busca dar uma idéia de como era o ambiente artístico à sua época, na cidade de Delft.

CURIOSIDADES: 1- Livros


Sexta-feira, 10 de Julho de 2009
Procurando Vermeer

Olá pessoal, aqui vai mais uma matéria sobre algo que eu gosto muito : Livros. /o/

Mas não é um livro comum, é Procurando Vermeer (bate palmas). Essa é a primeira obra da minha escritora favorita : Blue Balliett.


O livro conta a história de um desaparecemento misterioso de um quadro famoso do pintor holandês Vermeer. Os protagonistas são duas crianças de doze anos que se veem relacionados cada vez mais com esse roubo. Os dois percebem que possuem deferentes capacidades de desvendar vários mistérios tanto do cotidiano quanto o do roubo do quadro.

De quebra, o livro ainda trás ótimas gravuras do desenhista super talentoso : Brett Helquist. Seus desenhos em preto e branco retratam muito bem os acontecimentos dos personagens e lembra bastante coisas antigas e misteriosas.

E ainda tem mais uma coisa, os desenhos presentes no livro apresentam certos enigmas que no final da história, o leitor deve desvendar a frase que a imagem apresenta.

O livro é muito interessante e vicioso. Espero que tenham a oportunidade de ler.http://jornalndn.blogspot.com/2009/07/procurando-vermeer.html

Um outro livro indispensável é "Eu fui Vermeer"( a história do falsificador)
BIOGRAFIA
Eu Fui Vermeer
A fascinante história do pintor falsário que enganou os nazistas é lançada

Fotos: DIVULGAÇÃO
O jornalista Frank Wynne idealizou seu biografado



O QUE FAZ DO FALSIFICADOR holandês Han van Meegeren especial a ponto de ter uma biografia lançada em diversos países do mundo? Eu Fui Vermeer (Companhia das Letras, 296 págs, R$ 39) mostra que ele não era um falsário comum, desses que fazem réplicas. Artista talentoso, Meegeren criava obras novas, depois de estudar cuidadosamente o estilo e a evolução da linguagem visual do artista que desejava falsificar (Vermeer, no caso). Apresentado aos especialistas, um quadro passava a ser reconhecido como uma obra desconhecida, perdida em algum velho sótão.

Meegeren criou sofisticadas técnicas de envelhecimento, removia a tinta velha e pintava o novo quadro usando apenas os materiais disponíveis no tempo de Vermeer. Tudo era tão perfeito que se supõe que ainda hoje existam pinturas em renomados museus que podem ser falsificações de Meegeren. A farsa só foi descoberta porque ele vendeu quadros aos nazistas e, acusado de colaboração, teve que se desmascarar para escapar. O jornalista Frank Wynne realizou extensa pesquisa, mas idealiza o falsário, colocando- o como um injustiçado em busca de vingança contra o mercado de arte, e não, o mais provável, um homem interessado em ganhar um dinheiro fácil. O clima de suspense para prender o leitor é totalmente dispensável, já que a história por si só é fascinante. Marcelo Lyra http://www.terra.com.br/istoegente/edicoes/466/artigo98035-1.htm

2- Um hotel em sua homenagem

Hotel Johannes Vermeer
Molslaan 18-22 , Delft
[ Localização ] [ Hotéis próximo ]

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Hotel Johannes Vermeer is a cosy hotel with 24 luxurious rooms and a honeymoon suite. All rooms are equipped with air-conditioning, color TV, direct dial telephone, free wireless internet connection and en suite bathroom with shower, toilet and hairdryer. The hotel is situated in an old cigar factory in the sparkling city center of Delft with its many cultural sights and shops. Our delicious breakfast is served in one of the pleasant rooms of our Restaurant/Grand Cafe Johannes Vermeer, which also offers an excellent restaurant with a lovely garden.

Número de apartamentos : 30 [ Apartamentos ]
Entrada : 13:00 - 22:00 horas
Saída : 11:00 horas
http://www.channels.nl/10114b-pt.html

3- Um estilo Vermeer

Fui hoje a Washington e como sempre faço dei um pulinho de cinco minutos à National Gallery para ver o meu Vermeer, A Garota (ou será garoto?) do Chapéu Vermelho. Desta vez conheci a verdadeira dona do quadrinho (tem 20cm de altura), Donnie, um encanto de pessoa. Ela me fotografou ao lado do meu Vermeer e me mostrou o Vermeer dela, a mulher escrevendo uma carta. É a mais profunda conhecedora de Vermeer que já conheci. Também pudera, é a vida dela há 20 anos, o trabalho de Donnie é passar o dia todo vigiando essas telas e em geral, em dias como hoje, sem quase nenhuma visita. Se eu fosse pintor faria um retrato de Donnie como a moça do chapéu vermelho ou a mulher escrevendo uma carta.
http://nyontime.blogspot.com/2007/06/blog-post.html



4-Uma poesia http://poesiaexpressaodaalma.blogspot.com/2009/06/vermeer-de-delft-murilo-mendes.html

Segunda-feira, 15 de Junho de 2009
Vermeer de delft - Murilo Mendes

É a manhã no copo:
Tempo de decifrar o mapa
Com seus amarelos e azuis,
De abrir as cortinas - o sol frio nasce
Nos ladrilhos silenciosos -,
De ler uma carta perturbadora
Que veio pela galera da China:
Até que a lição do cravo
Através dos seus cristais
Restitui a inocência.
...

E, como é meu costume alguns blogs a mais:
http://anasimandro.blogspot.c
om/2009/06/jan-vermeer.html



http://notaderodape-marcelo-novaes.blogspot.com/2009/06/o-filtro-da-luz-johannes-vermeer.html

http://www.portalartes.com.br/portal/article_read.asp?id=468


http://blog.uncovering.org/archives/2008/05/a_danca_de_delft.html


http://alexandrepomar.typepad.com/alexandre_pomar/2007/12/vermeer-em-haia.html


http://www.mavicanet.com/directory/por/12310.html


http://www.girafamania.com.br/artistas/personalidade_vermeer.html



O Interior do Olhar Holandês

By gquintas

[...] A perfeição das imagens de Vermeer denota a essência da pintura de interior holandesa. As imagens constituem uma homogeneidade quanto ao léxico técnico e à percepção apurada da realidade. Assim, podemos destacar a precisão da composição, da representação da luz e das similitudes dos objetos retratados. De modo que, o mais surpreendente destas obras surge do realismo pictórico que apresentam. Em termos de estilo, a pintura de gênero holandesa constrói a representação da realidade por meio de um alto nível técnico e óptico (com a utilização da câmara escura, que alguns artistas usavam para seu ofício) [...].

Artigo completo: o-interior-do-olhar-holandes.pdf

Publicado no Jornal do Commercio em 01de abril de 2003.


Um resumo das obras de Vermeer no Slideshow abaixo. Para colocar música, clique no ícone do som na parte esquerda superior.



Levic
.

2 comentários:

George Luis disse...

Eu adorei conhecer mais sobre este fabuloso pintor. Pouco conhecido (infelizmente) da grande massa, Vermeer tem uma obra de genialidade única.
Vale a pena mesmo!

Giane disse...

Olá!
Como estudante de arte, fico muito feliz quando sou apresentada a artistas de que nunca ouvi falar.
E no caso de Vermeer é uma injustiça.
Maravilhoso.

Parabéns pelo post - muito bem elaborado - pela pesquisa bem feita.

Beijos mil!!!