Vale a pena ser feliz

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A psicologia do "Despertar da Primavera"

A peça do dramaturgo e escritor Franz Wedekind - "O Despertar da Primavera" - escrito em 1891, trata basicamente dos aspectos do sujeito adolescente, podendo ser considerada como um referencial, sempre atual, da questão da adolescência, sob o enfoque de um despertar do sujeito aos encontros e desencontros na vida humana.

Na verdade, este tempo adolescente do ser humano, que é um tempo lógico e não cronológico, é um despertar para o mal-estar do ser humano diante de situações angústiantes que implicam na sua sexualidade.

Mas é um tempo lógico.Um tempo lógico? ! ? Seria lógico no sentido da adolescência acontecer numa determinada fase da vida igual para todas as pessoas e não seria lógico, no sentido de que nem todas as pessoas estão ou se sentem preparadas para esta passagem com a mesma idade que outras.

A adolescência não é um tempo determinado na vida humana. Ela pode acontecer em qualquer idade após a infância e, talvez(quem sabe? ) não acontecer jamais...Isto porque adolescer é um marco, a morte simbólica da criança para o nascimento do adulto desejante.

A adolescência não permite mais lançar mão dos pais, como é utilizado pela criança, para fazer frente a esta descoberta dos impulsos sexuais. Nesse tempo da adolescência, os pais são sempre falhos nas respostas, exigindo que o sujeito vá buscar trilhas dos caminhos da lei, na qual o seu desejo está inscrito de forma simbólica.

De uma forma sucinta, pode-se dizer que a peça de Wedekind gira em torno de quatro personagens principais: Melchior, Wendla, Moritz eIlse.

Ela aponta os grandes conflitos da adolescância, focalizando entre outros a questão da sexualidade, quando o adolescente descortina a relação sexual como impossível, pois, com o encontro do ato sexual, descobre que as fantasias sexuais nunca se completam inteiramente, posto que sempre o ato em si revela-se inadequado.

A descoberta da contradição entre ternura e sexo, que se mostra claramente entre alguns personagens da peça, clarifica que esse tempo de descoberta sexual é marcado por uma necessidade de auto-exploração, muito mais que pela entrega ao amor, hoje em dia revelado
abertamente pelo comportamento do "ficar" com alguém, inspirando a moda atual do adolescente no nosso meio social.

Ainda há que ressaltar o caráter da sexualidade como polimorfa perversa que na peça é referida e colocada em ação, não só pelas fantasias engendradas pelos personagens, mas também na cena entre Melchior e Wendla que sustentam uma atuação "sadomasoquista", se é que se pode nomear desta forma.

A surpresa e a angústia experimentada por Melchior ao constatar que sentiu prazer e excitação em infringir dor física a Wendla, leva-nos ao entedimento da tênue fronteira que separa a dor e o prazer. Isso nos remete às origens da sexualidade humana como fundamentada no masoquismo erógeno. Wendla quer sentir dor ao implorar que o rapaz lhe bata com uma vara, ao mesmo tempo que intuitivamente sabe que a excitação despertada pelo ato abre uma porteira para extravazar os impulsos sexuais.

Wendla caracteriza bem a problemática da assunção da feminilidade como algo construido pelo despertar da sexualidade na menina. Sua relação com a mãe é fator essencial para que uma possívem alternativa de saída seja efetividada. Privada de maiores esclarecimentos sobre
seu florescimento sexual pelas limitações preconceituosas da mãe, entrega-se à curiosidade e ao prazer da descoberta com Melchior, o que a leva `a transgressão e, posteriormente, à morte por um aborto mal sucedido.


Wendla questiona a veracidade dos bebês serem trazidos pela cegonha, exigindo uma resposta honesta da mãe, que com muita dificuldade fala do amor entre um casal para ter um filho. Esta cena mostra como soa falso o que a mãe diz ao assinalar que tem que ser com um único homem, com o homem que ama.

É em torno das vicissitudes da adolescência que, no decorrer das cenas da peça teatral, surge a necessidade dos meninos em falar sobre a sua sexualidade e suas dificuldades em ter contato com o seu próprio corpo, suas transformações, suas fantasias e desejos, pois a educação por eles recebida, e a coerção exercida pela sociedade da época, os impede de encarar tal fato com naturalidade, levando-os a conjecturar como seria diferente a educação dos seus filhos, na medida em que a educação que recebem os leva a uma dificuldade em corresponder suas necessiades ao que a sociedade e os pais esperam deles.


Um outro aspecto que o texto sobressai é o da tendêcia a agir, evidenciando o problema de suicídio que vem ocupar, hoje em dia, uma preocupação muito discutida em todos os países. O personagem Moritz revela que este tempo adolescente é propício ao acionamento de um mecanismo de eclosão de conflitos interiores, desencadeando o surgimento da crise do pai, e essa crise pode ser interpretada como uma tendência de fazer-se um pai, por este não estar funcionando inteiramente. Os ideais vacilam e o adolescente sai à procura de novos ideais.

A escola ao reprovar Moritz colocou-o frente com a derrocada do seu ideal ao qual estava fundido e, portanto, foi a conjugação de vários fatores que levaram-no ao suicídio. A escola nunca deve esquecer que ela tem que lidar com indivíduos imaturos a quem não pode ser
negado o direito de se demorarem em certos estágios do desenvolvimento.

São palavras de Moritz:
"Para que nós vamos ao colégio?...Para que eles nos reprovem! Eles vão reprovar sete. Na turma do ano que vem só cabem sessenta alunos. Eu estou me sentindo meio estranho..."

O desejo dos pais de Moritz é de que, através dele, eles possam ascender socialmente, já que não foram capazes de fazê-lo e para isto colocaram o seu filho na mesma escola que Melchior frequenta. Assim, alheios ao fato de Moritz nunca ter sido bom aluno e nem haver prognóstico para tal, depositaram nele uma enorme expectativa de obter sucesso escolar e social. Mas será que ele estaria estruturado para cumprir esses desejo dos pais?

No decorrer da peça, observa-se que momentos antes do ato trágico, após ter-se despedido de Ilse, uma amiga prostituta, Moritz diz:"Era só dizer uma palavra"...Que palavra lhe conduziria contornar o impasse de sua angústia? Seria aquela que lhe possibilitaria o acesso ao gozo sexual com o outro?

Seu suicídio é uma desesperada forma de se inscrever na divisão do próprio corpo, onde o primeiro surto leva-o definitivamente a uma separação sem apelo. Esse surto pode ter sido desencadeado após o encontro com Ilse, onde ele não se vê na posição de poder sustentar
uma posição masculina, diante do desejo de uma mulher. Ilse, representa A mulher, o que prova sua falta de estruturação, porque não podendo sustentar o seu ideal, lança mão da escolha pela morte como forma de "Sair de cena" da vida.

Enquanto isso, Melchior, ocupado que está em situar-se como homem na partilha dos sexos, não tem tempo para se preocupar com o que ocorre com as mulheres, pois o seu encontro com o sexo lhe faz um chamado para tomar posição diante da parceria com o sexo oposto.

Ele não quer se perder, razão pela qual pode aproximar-se de Wendla e engravidá-la. Não é a mesma coisa que ocorre com Moritz, que foge do contato com Ilse, mostrando que cada sujeito, de acordo com a sua história, está disposto a fazer determinadas escolhas, escolhas estas que seguem os mais diferentes caminhos.

Enfim, o que a peça nos mostra é que o preço pela desistência do desejo é a morte com todas as suas representações simbólicas. Moritz, ao contrário de Melchior, não suportou o peso do gozo, sentindo-se culpado. Melchiior, apesar da expulsão escolar, da dificuldade na relação com seus pais após os fatos da descoberta dos desenhos e explicações sexuais que deu para Moritz e de sua relação conflituosa com Wendla, percebe ser possível o gozo que o leva a substituições do objeto sempre perdido, o qual marca as separações e os lutos na vida.

Despertar difícil esse que marca a adolescência, posto que traz uma exigência ética que, se está desde sempre para o sujeito, nesse momento se deflagra como uma luta acirrada. Exigência ética frente ao seu desejo que o impele ao confronto com a falha estrutural própria da formação do ser humano, onde as garantia imaginárias sofrem abalos e algo se impõe como impossível de simbolizar.

"O Despertar da Primavera" , mil vezes vale a pena!




Como é interessante observar como um assunto entra no outro. Tenho reparado que os meus posts nos meus outros blogs tem, nas suas peculiaridades, abordado o mesmo tema simultaneamente. Não que eu queira, mas parece que uma idéia leva a outra. Se falo em sexualidade, me vem a figura de Freud e com ele a sua teoria da sexualidade. Por coincidência ou não (às vezes o inconsciente nos leva até a determinados lugares) fui ver a peça teatral "O Despertar da Primavera", no Teatro Villa-Lobos, na sua última semana de apresentação aqui no Rio de Janeiro. E de que ela fala? Sexualidade...

É um musical muito dramático, que precisa de atores muito jovens, capazes de cantar bem e representar papéis complicados. São papéis de um viés psicológico que não são vistos em quase nenhum musical. E é uma peça clássica, onde os personagens estão inteiros. Não é uma adaptação superficial, pois como eu já tivesse lido o livro escrito pelo alemão Benjamin Frank Wedekind , verifiquei que o enredo e a trama obedeceram totalmente ao autor.

A obra, escrita em 1891 e que só conseguiu estrear em 1898, passeia livremente por entre as principais correntes estilísticas do final do século XIX, como o Simbolismo e o Expressionismo. Temas polêmicos, e nunca antes abordados na dramaturgia européia, devem ter provocado reações absolutamente inesperadas nas platéias burguesas de uma Europa que já se preparava para viver as amarguras da Primeira Grande Guerra.

A violência doméstica, os rigores de um sistema educacional decadente, as drogas, o homossexualismo, o estupro, o incesto, o aborto e, para finalizar, o suicídio eram alguns dos assuntos debatidos pelo autor em seu texto que, apesar da crueza dos temas, soube tratá-las com delicadeza e lirismo, trazendo à tona uma das mais belas peças deste período.

Em resumo, a obra fala sobre um grupo de adolescentes e suas primeiras descobertas sexuais. O cenário é basicamente uma escola da Alemanha, no final do século XIX.

“O Despertar da Primavera” foi escrita no formato de peça teatral. Encenada no princípio do século XX, foi repetidamente censurada, até ser finalmente apresentada integralmente em Londres, em 1974. O texto foi adaptado para musical ganhando uma trilha sonora de rock, e virando musical na Broadway, estreando em 2006 e consequentemente ganhando oito prêmios Tony no ano de 2007, no título de “Spring Awakening” .



Dois anos depois, a dupla Charles Möeller e Claudio Botelho foi responsável por transportar a montagem ao Brasil, e quem assina as músicas é Ducan Sheik, com textos e letras de Steven Sater.

E em matéria de musical, o Cláudio e o Charles estão na vanguarda e, para quem ainda não sabe, foram eles que trouxeram ao Rio o espetáculo “A Noviça Rebelde”, que eu considero um marco na história dos musicais no país, depois de tanto tempo sem bons musicais no Rio.

Eu fui assistir ao espetáculo na sua última apresentação, tres meses depois da estreia, e senti a presença dos atores no palco de uma forma muito marcante, impressionante. Era como se fosse a noite de estréia. Eles não demonstravam nem cansaço e nem displicência.

A mim, o que mais impressionou foi a qualidade da iluminação e das músicas, que são interpretadas ao vivo por uma orquestra, localizada atrás do palco ( se bem que no final, nos aplausos, todos os músicos deveriam vir à frente e se misturar aos atores), finalizando com maior empolgação.

A qualidade do elenco também é da melhor categoria, pois são 17 talentosíssimos jovens atores, que além de tudo cantam o tempo todo. Destaque para Malu Rodrigues que interpreta a menina Wendla, com uma voz linda. Uma menina tão pequena, mas uma voz maravilhosa. E Rodrigo Pandolfo que interpreta Moritz, amigo de Melchior (Pierre Baitelli) que tem uma história triste,engraçada e surpreendente, canta com maestria.




Pierre Baitelli também canta com o coração, mas na verdade, como eles não são cantores, interpretam muito bem não só as músicas como também o texto.

Deixo o vídeo do início da peça e a entrevista com Rodrigo Pandolfo, que é o destaque sem dúvida da apresentação.



É uma indicação que VALE A PENA !



Recomendo abrir este post, cujo link é:
http://www.moellerbotelho.com.br/acervo/o-despertar-da-primavera
e uma entrevista com Cláudio Botelho, que vale a pena falar dos musicais:
http://www.youtube.com/watch?v=wrSh9YULV1c&feature=related

E uma outra com Charles Möeller:
http://www.youtube.com/watch?v=7eqeVPLO0sM

Levic

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A sexualidade segundo Freud

Estive falando sobre Freud no meu blog "É diferente..."http://diferentedooutro.blogspot.com/, na última postagem e isso me reporta às reflexões a respeito da sexualidade humana, o ponto inicial da teoria freudiana. E Freud assinala que toda a sexualidade está na origem das neuroses.

Com linguagem mais apropriada ao tema, tentarei esclarecer, a quem possa interessar-se pela discussão, a complexidade da sexualidade que dá saída para todos os desejos humanos e sua consequente ambiguidade ou espantosa escolha amorosa.

Afinal, como tudo começou?

Podemos dizer que no momento em que o ser humano diferenciou-se dos outros animais, pela perda dos equipamentos instintivos (o ser humano tem pulsão e não instinto, que seria algo imutável herdado por gerações), houve uma espécie de defasagem, marcando o ser humano com uma falta estrutural,"desorganizando" consequentemente a sua sexualidade.

A ausência de instinto no ser humano exige dele um processo de simbolização para representar o objeto sexual, na medida que não é dado biologicamente a saída para a sexualidade.



Então, é neste sentido que a sexualidade vem aparecer no ser humano como uma disposição neurótica, pois ele é obrigado ao movimento de produzir uma sexualidade singular, obrigando-o a uma exigência de representação psíquica para dar conta desse desarranjo estrutural, que é a própria sexualidade humana.



A sexualidade, assim, é produtora de conflitos, uma vez que ela não é uma função (o que seria fácil de resolver), mas ela tem a ver com o desejo, e este é remetido à falta estrutural do ser humano e que, portanto, necessita de representações, de fiadores psíquicos para funcionar com certo equilíbrio.


A eficácia da sexualidade é fantasística e simbólica, e é pelo encaminhamento psíquico da pulsão que se pode dizer que a neurose foi instalada como processo de silenciar as energias das pulsões pela força do recalque, que é o processo insconciente de "esquecer" a primitiva sexualidade.


O que vem à tona na consciência( e nem sempre, porque é mais inconsciente mesmo) são os sintomas, sonhos e as simbologias singulares a cada um, em forma de cheiro, imagens, imaginações, palavras, obras de arte em todos os sentidos, os desafios, os jogos, as fantasias, os fetiches, enfim toda produção da criatividade, que só o ser humano possui.

O fato do ser humano ser pulsional, portanto, o predispõe ao conflito, revelando assim a disposição neuropática que está na origem da sexualidade. O que a sexualidade remete é ao desejo e este por sua vez remete à falta, à angústia que isso provoca, produzindo assim a
neurose. O ser humano "normal" é um ser neurótico na sua essência.

Woddy é tão neurótico que faz análise desde os 24 anos, porque "sabe" que é normal.


Levic

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Vale a pena ler...

A depedência à Internet



É assunto corriqueiro dizer que uma pessoa ( filho, marido, amigo) é viciado em Internet, mas nem sempre levamos isso a sério, porque ainda não atentamos que o uso demasiado do computador pode ser transformado numa doença. Verdade...a depedência à Internet. Ela se manifesta como uma inabilidade do indivíduo em controlar o seu uso e o envolvimento crescente com a Internet e com os assuntos afins, que por sua vez conduzem a uma perda progressiva de controle e aumento do desconforto emocional.

Este assunto, mesmo sendo de grande
seriedade, ainda não é visto como doença pelos médicos, mas acredita-se que o maior problema é a pessoa admitir este comportamento como tal, que é um passo muito difícil para o dependente, e que não há informação suficiente para um estudo mais aprofundado.

Entretanto seus efeitos sociais são significativamente vistos como negativos, porque os indivíduos que despendem horas excessivas na Internet, tendem a utilizá-la como meios primários de aliviar a tensão e a depressão, podendo apresentar a perda do sono em conseqüência do incitamento causado pela estimulação psicológica, e a desenvolver problemas em suas relações interpessoais.

Além disso, os
dependentes usam a rede como uma ferramenta social e de comunicação, pois têm uma experiência maior de prazer e de satisfação quando estão on-line, podendo este ser um fator preditor para a dependência.

Necessidade de estar conectado à internet o tempo todo, falta de interesse pelo convívio social, uso do computador como forma de fugir de problemas e busca de alívio , são esses alguns dos sintomas que os dependentes da rede desenvolvem, provocando conseqüências nas esferas sociais, emocionais e profissionais.

As páginas mais procuradas na internet são aquelas que permitem uma relação de amizade com quem está do outro lado. Por isso, os
clicks campeões levam a salas de bate-papo e sites de relacionamento, como o Orkut. sexo virtual também está no topo da lista e nestes casos, entra em jogo o anonimato e a possibilidade de vivências com outras pessoas.

Cada vez mais aumenta o número de pessoas que faz uso regular da internet. Segundo dados divulgados pela Revista Veja, no Brasil esse número já chega a 21 milhões, onde 30% dessas relatam pelo menos um caso em que a rede lhes causou alguma espécie de prejuízo.

As pessoas buscam a internet para atender diversas necessidades, tais como: pesquisas, entretenimento, compras, para investir em ações, para baixar programas, como meio de comunicação, assistir filmes, conhecer pessoas, estudar, fazer transações bancárias, ler ou escrever em blogs, etc. Mas em todas essas operações, o risco da depedência é grande.

A pesquisa da instituição YouGov diz que 70% dos 34 milhões de internautas no Reino Unido perde quase um terço do seu tempo online em buscas que não têm objetivo definido. Os homens seriam o grupo mais afetado pelo problema, que analistas de hábitos na internet batizaram com a sigla WILF, juntando as primeiras letras da frase "o que eu estava buscando?" em inglês ("what was I looking for").

Enquanto especialistas não entram em consenso sobre as pesquisas, pelo menos o rótulo dessa compulsão já está criado: "heroinware" - conjunção entre "heroína" e "software".

A maioria dos dependentes perde
a noção do tempo e passa a negligenciar necessidades básicas
como dormir e comer e aí o uso de computador cruza a fronteira entre o normal e o patológico.


Vício, compulsão ou doença mental? Para a publicação norte-americana "American Journal of Psychiatry", a dependência de internet, seja para jogos, e-mails, artigos dos blogs ou conversas em comunicadores instantâneos e salas de bate papo, é doença mental.

Os primeiros estudos indicaram que a maioria dos dependentes eram homens introvertidos em com alto nível de instrução, mas estudos mais recentes mostram que mulheres de meia idade formam o principal grupo de "viciados", e os critérios indicativos de que uma pessoa pode estar se viciando ou já é uma viciada em internet não está ao seu alcance.

Critérios tais como a preocupação excessiva com a internet,
necessidade de aumentar o tempo de conexão, irritação ou depressão quando há redução do tempo de navegação, mentir sobre a quantidade de horas conectadas e a perde da noção de tempo e esquecer de comer ou dormir.

O problema é quando essa situação do mundo virtual se sobrepõe à realidade e começa a interferir nos relacionamentos reais. Li
recentemente um jovem falando a respeito de seu pai: "Meu pai é um viciado. Passa horas em frente ao computador, esqueceu da vida que tinha, trocou a família pelo computador. Fica jogando, em bate papo, namorando, brigando, coisas inesplicáveis. Totalmente loucura. Fico pensando como alguém chega nesse ponto. Não dorme direito, vira noites em claro e acha que está tudo bem...Já conversamos, levamos a um médico, mas ainda não adiantou. Eu não imaginava que essa coisa de vicío em internet existia. Mas estou pesquisando sobre isso e vejo que é cada vez maior o numéro de casos".

Veja as características de usuários graves de internet, que passam muito tempo e que podem ter dependência de internet: - Pessoas inteligentes e mentalmente muito ágeis - Preferem passar o “dia todo” conectados - Pertencentes a todas as faixas etárias - Apresentam depressão e/ou ansiedade - Preferem as interações virtuais às reais - Utilizam a internet como uma forma de expressão daquilo que realmente são e pensam (refúgio) - Ciclo de amizades e de relacionamentos muito empobrecido - Desenvolvem idiossincrasias na rede.

Thiago Dória fala sobre o vício em internet.


Vale a pena fazermos uma reavaliação do uso deste importante instrumento tecnológico, mas que tem feito muitas vitimas pelo seus excessos.


Levic

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Pretendo modificar o blog



Quando tive a idéia de introduzir a ópera no "Vale a Pena!" eu ainda não tinha a noção que o assunto iria se estender tanto, uma vez que minha intenção era fazer um estudo da história da ópera e suas implicações através dos séculos. Entretanto, como o tema é vasto, sobretudo nos séculos mais recentes, houve necessidade de estender os posts. Inclusive eles ficaram enormes para a leitura e eu não sabia como enxugá-los para uma melhor apresentação. Enfim...vi que o tema exige um blog somente para ele.

E foi neste raciocíniio que criei o blog "O Resumo da Ópera", cujo link é http://resumodaoopera.blogspot.com/ ,com o objetivo de dar maior expansão às idéias que muitas vezes tive que cortá-las. Pretendo exportar os posts escritos, mas por enquanto deixarei aqui até o outro ficar mais sistematizado.

Interessante é que vi que somente este blog do "Vale a pena" não satisfazia ao o que eu queria escrever, pois ele é mais para sério do que para assuntos corriqueiros. Não que eu seja séria, mas este foi o caminho dado a ele numa certa altura. Assim , criei também "O buraco é mais embaixo"(linkhttp://buracoembaixo.blogspot.com/: )para tecer algumas críticas ou mostrar alguns absurdos do cotidiano ou até mesmo enfatizar algum acontecimento que me pareceu inusitado.

Ao lado deste, criei um outro que tem o título de "É diferente..",(http://diferentedooutro.blogspot.com/ ) cuja intenção é evidenciar pessoas ou qualquer coisa que me pareça ter um significado único, que destoa do comum do dia-a-dia. É assim que percebo alguns artistas, algumas situações, algumas pessoas do meu relacionamento e alguns nomes da história em qualquer aspecto. O sublinhado neste espaço é aquilo que faz a diferença.

Muito bem. Só não sei se vou ter tempo e criatividade para assumir tantos blogs, mas confesso que estou meio fanática por esse mundo. Pena eu não ter tantos conhecimentos técnicos da informática para poder melhorar. Gozado que quando me incentivaram para criar um blog, eu levei na brincadeira e não dei muito crédito a esta façanha. Mas à medida que eu fui entrando em outros blogs, que fui vendo a qualidade dos mesmos e como tem gente boa neste meio, comecei a me entusiasmar, e hoje eu tenho muitas leituras para fazer diariamente de blogs que são simplesmente maravilhosos.
Bom, meus amigos e meus leitores, espero não cansá-los e nem tampouco trazer temas desinteressantes, embora nem sempre isso possa ocorrer. Porém uma coisa afirmo: embora não os conheça pessoalmente, tenho um carinho especial para os meus seguidores e para quem faz os comentários, dando-me uma atenção e me incentivando para abrir fronteiras. Obrigada por partilharem comigo idéias, novidades, emoções.Obrigada por estarem comigo nesta caminhada.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ópera - Compositores Franceses- Séc. XX

Será que ainda vale a pena falar da história da ópera e sua evolução, através dos tempos, pelos países? Depois de um tanto afastada do meu querido blog, retorno com esta dúvida. Ou já deveria ir para outro assunto? Acontece que não consegui...É uma espécie de traição com os outros países e com os outros músicos que tanto admiro. Portanto...Mais óperas! Na vez dos franceses. E Salve! Bravo!!!

Gabriel Urbain Fauré (Pamier, 12 de maio de 1845 — Paris, 4 de novembro de 1924) foi um compositor francês.

Fauré, após a guerra de 1870 faz contínuas viagens para assistir uma série de apresentações de Saint-Saëns e, principalmente, Richard Wagner. Embora impressionado com a música e o gênio de Richard Wagner, Fauré nem por um momento se deixou influenciar, permanecendo na história da música francesa no estilo da segunda metade do Século XIX.

Compôs duas óperas: Prométhée (Opera in three acts: Tragédie lyrique, 1900) e Pénélope (Opera in three acts: Poème lyrique, 1913).



Veronique Gens canta uma canção "Nuit D'etoiles Song Après un rêve" Op. 7 no 1 de Gabriel Fauré e no piano Roger Vignoles.



font-size:100%;" >Nascido em Lorena, deixou a região natal, com a família, depois da guerra franco-prussiana de 1870. Na cidade de Tourcoing cursou violino e harmonia na Escola das Belas Artes – e foi o município dessa cidade que lhe ofereceu uma bolsa para continuar os estudos no Conservatório de Paris. Aí, foi aluno de Émile Pessard e de Jules Massenet.

Tendo sido compositor de música considerada por muitos como excêntrica, a sua obra é principalmente associada à criação de ‘A Coroação da Musa’, um espectáculo que tinha Montmartre por cenário, com 1250 intérpretes em cena e apresentada por ele próprio aos 91 anos.

A ópera ‘Louise’ - 1900, é considerada a sua obra-prima e de que veio a ser feita uma versão cinematográfica. Além desta ópera, ele também criou Julien, ou La vie du poète - 1913 e L'amour au faubourg - 1913.





Renee Fleming canta de Charpentier "Depuis Le Jour",da ópera Louise sob regência de James Levine do Metropolitan. Depois aproveita nos vídeos relacionados que estão na telinha para comparar a mesma ária com vários intérpretes.



Claude-Achille Debussy, músico que nasceu em Saint-Germain en Laye (França) em 1862 e faleceu em 1918. Na época que ele viveu, além de ser moda no meio musical europeu no final do século 19, Wagner exercia influência com suas obras e inclusive fortemente na obra de Debussy, como na cantata "La demoiselle élue" (1888), como também em "Musique javanese" a Paris (1889) e em "Cinq poèmes de Baudelaire" (1889).

Entretanto, no novo século XX , Debussy criou sua própria linguagem musical: um sistema original de harmonia e de estrutura musicais inspirados nos pintores impressionistas e nos poetas simbolistas. Sua abordagem teve uma enorme influência na música moderna.

Em sua obra pianística, Debussy resgatou o rococó. Seu último volume, "Études" (1915), possui variantes de estilo e textura baseados nos exercícios para o piano, com nítida influência do jovem Stravinsky. Em 1902, compôs a sua única ópera, "Pelléas et Mélisande", com novos recursos dramáticos, como a declamação, a técnica já consagrada de Wagner.



Pelleas et Melisande-Debussy-,na interpretação de Isabel Rey e Michael Volle, numa apresentação em 2004.



Paul Dukas nasceu em 1865, Paris, e morreu em 1935, Paris. Foi um compositor do modernismo, e também professor de composição e crítico musical bastante conhecido. Autor da composição "O Aprendiz de Feiticeiro", baseada em um conto de Johann Wolfgang von Goethe (Der Zauberlehrling). A obra que ficou mundialmente conhecida por ter sido aproveitada no filme "Fantasia" de Walt Disney, de 1940, com Mickey no papel do aprendiz.

Sua única ópera foi Ariane et Barbe-Bleue (1907), com libreto de Maurice Maeterlinck.



Suzanne Balguerie canta: "Ô mes clairs diamants". da ópera Ariane et Barbe-Bleue.



Albert Charles Paul Marie Roussel (5 de abril, 1869 - 23 de agosto, 1937) foi um compositor francês. Albert Roussel nasceu em Tourcoing. O primeiro interesse de Roussel não foi a música, e sim a matemática. Ele passou um tempo na Marinha Francesa e em 1889 e 1890 ele serviu em uma fragata. Começou a estudar música seriamente com Eugène Gigout e continuou seus estudou até 1908 no Schola Cantorum (um de seus professores na escola foi Vincent d'Indy). Enquanto ele estudava, ele também lecionou, e um de seus estudantes foi o jovem Edgard Varèse. Durante a Primeira Guerra Mundial ele serviu como o motorista de uma ambulância.


Os seus primeiros trabalhos foram fortemente influenciados pelo impressionismo de Debussy e Ravel. Roussel teve interesse no jazz e escreveu uma composição para voz e piano entitulado Jazz Dans la Nuit.

Seus trabalhos mais importantes são os balés Le Festin de l'Araignée, Bacchus et Ariane e Aeneas e mais quatro sinfonias. Seus outros trabalhos incluem numerosos balés, suites orquestrais, um concerto para piano, um concertino para orquestra e violoncelo, um salmo para coral e orquestra, música incidental para teatro, música de câmara, música para piano solo e canções.

Padmâvatî, ópera em 2 atos (1913–18) foi apresentada no Paris Opéra.
Roussel morreu na cidade de Royan, no oeste da França, em 1937.



A ária :"Padmavati est l'image vivante...." Albert Roussel : PADMAVATI Festival dei Due Mondi di Spoleto , em junho de 2008 com Emmanuel Vuillaume.



Joseph-Maurice Ravel (Ciboure, 7 de março de 1875 – Paris, 28 de dezembro de 1937) foi um compositor e pianista francês, conhecido sobretudo pela sutileza das suas melodias instrumentais e orquestrais, entre elas, o Bolero, que ele considerava bem trivial.
Filho de engenheiro mecânico, Maurice Ravel nasceu numa cidade próxima ao País Basco, mas bem cedo se mudou com a família para Paris.
Com professores particulares, estudou piano (a partir dos sete anos) e depois harmonia. Em 1889, ingressou no Conservatório de Paris, onde teve aulas de piano com Charles de Bériot e de composição com Gabriel Fauré.

Foi influenciado significativamente por Debussy, e também por compositores anteriores, como Mozart, Liszt e Strauss, mas logo encontrou seu próprio estilo, que ficou, porém, marcado pelo Impressionismo.

Ravel tentou ganhar o Prêmio de Roma quatro vezes, mas os arrojos de sua composição não foram reconhecidos pela academia.

Em 1901, compôs a "Pavana Para uma Infanta Defunta", uma de suas obras mais conhecidas. "Sherazade" é de 1903, e a "Rapsódia Espanhola", de 1907. No mesmo período, Ravel criou muitas outras obras, sobretudo para piano.

Em 1909, travou contato com Stravinsky, que estava em Paris apresentando seus balés, dirigidos por Serge Diaghilev. O encontro teria grande impacto na carreira de Ravel.

Dois anos depois, juntamente com outros músicos que freqüentavam o curso de Fauré, fundou a Sociedade Musical Independente, em oposição à Sociedade Nacional de Música. Sua primeira obra orquestral, o balé "Daphnis e Chloé", para ser encenado por Diaghilev, foi composta em 1912.

Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, Ravel tentou alistar-se na aviação militar, mas foi rejeitado. No ano seguinte, conseguiu um posto de motorista do Exército.

Ainda durante a guerra, com o falecimento da mãe (1917), voltou para Paris.

Nos anos 1920, Ravel já era compositor reconhecido e realizou inúmeras turnês pela Europa. Em 1928, apresentou-se nos EUA, onde conheceu personalidades do cinema e da música, entre as quais o compositor Ira Gershwin. No mesmo ano, recebeu o título de doutor "honoris causa" pela Universidade de Oxford (Inglaterra).

Também em 1928, compôs o famoso "Bolero", que de início era uma composição para balé. Em 1931, criou o "Concerto Para Mão Esquerda", destinado a Paul Wittgenstein, pianista que perdera a mão direita durante a guerra.

Em 1932, faleceu das conseqüências de um acidente de táxi e durante o período que precedeu a sua morte, havia perdido parte da sua capacidade de compor devido às lesões cerebrais causadas pelo acidente. A sua inteligência sempre se manteve intacta mas o seu corpo já não respondia adequadamente, tendo sofrido graves problemas motores.

Suas óperas L'heure espagnole ("The Spanish Hour") (opera, 1907–1909) e L'enfant et les sortilèges (1919-1925), são as únicas conhecidas. Na verdade ele é mundialmente conhecido pelo seu Bolero, ainda hoje a obra musical francesa mais tocada no mundo. A composição foi encomendada pela bailarina Ida Rubistein e estreou na Ópera de Paris em 1928.





Prélude à la Nuit - Rhapsodie Espagnole - Maurice Ravel



Arthur Honegger (Le Havre, 10 de março de 1892 – Paris, 27 de novembro de 1955) foi um compositor suíço, conhecido por compor vários oratórios e sua famosa Cantata de Natal. Foi membro do grupo de compositores considerado anti-romântico chamado Les Six (Os Seis).

Do grupo Les Six faziam parte Georges Auric (1899-1983), Louis Durey (1888-1979), Darius Milhaud (1892-1974), Francis Poulenc (1899-1963), Germaine Tailleferre (1892-1983) e Arthur Honegger (1892-1955). Este último, de ascendência suíça, passou por ser um dos mais importantes do grupo, apesar de, conforme reconhecido pelo próprio, não ter fortes laços musicais com os restantes membros, e da sua ligação aos movimentos de reação aos ideais impressionistas e wagnerianos, que estiveram na origem da criação do grupo, serem meramente superficiais. Honegger tinha origens germânicas, além de ter vivido e estudado algum tempo em Zurique, e quando chegou a Paris para estudar no Conservatório, em 1911, era um entusiasta da música de Richard Wagner.

Naquela altura Honegger vivia em Le Havre, que fica a perto de 200Km de Paris, e deslocava-se à capital de comboio. Daí talvez tenha nascido o seu fascínio por locomotivas, que serviu de inspiração para uma das suas mais conhecidas e bem sucedidas obras, Pacific 231 (2 pequenas rodas laterais à frente, 3 grandes rodas centrais e 1 roda atrás), composta em 1923 e estreada no dia 8 de Maio de 1924 pelo maestro Serge Koussevitzky (1874-1951).


Arthur Honegger:Pacific 231 , sob regência de Marc Andreae.



Darius Milhaud (Marselha, 4 de setembro de 1892 – Genebra, 22 de junho de 1974) foi um compositor e professor francês, um dos mais prolíficos do século XX, tendo sua obra muito conhecida por conciliar o uso da politonalidade (múltiplas tonalidades ao mesmo tempo) e do jazz.

Membro de uma família judaica, estudou no Conservatório de Paris, onde conheceu seus colegas de composição Arthur Honegger e Germaine Tailleferre. Teve aulas de harmonia e composição e veio trabalhor como voluntário no Brasil, durante o período em que o poeta Paul Claudel era embaixador no país. Diga-se de passagem que esta época marcou muito sua vida, refletindo-se em obras como a suíte de dança "Saudades do Brazil" ou a famosa peça "Scaramouche".
Em 1922, numa viagem aos Estados Unidos ouviu o jazz "autêntico" nas ruas do bairro de Harlem em Nova Iorque. Ficou tão influenciado que passou a compor com arranjos de jazz as suas composições "La Création du monde" ("A Criação do mundo"), que é um balé em seis cenas contínuas, com movimentos naquele estilo.
Mudou-se para os Estados Unidos em 1940, por motivos da guerra e durante a mesma lecionou no Mills College de Oakland, Califórnia.

Entre 1947 e 1971 alternou períodos de docência em Mills e no Conservatório de Paris até que, devido a sua saúde já debilitada que o mantinha preso a uma cadeira de rodas, acabou se aposentando.

Morreu em Genebra, Suíça, aos 81 anos de idade.
Assim como seus contemporâneos Paul Hindemith, Bohuslav Martinu e Heitor Villa-Lobos, compunha muito rapidamente e de forma natural. Suas obras mais conhecidas são os balés "Le Bœuf sur le toit" e "La Création du monde", a peça "Scaramouche" (em diferentes versões), e a suíte de dança "Saudades do Brazil".
Milhaud compôs muitas obras, sendo só de ópera chega ao número 443 obras. Também é importante ressaltar que Milhaud costumava fazer várias versões da mesma peça, como Scaramouche, que pode ser para saxofone e orquestra, saxofone e piano, dois pianos, clarinete e orquestra, .
Suas óperas mais conhecidas são: Les Malheurs d'Orphée (1926),Christophe Colomb (1928),Maximilien (1930),Médée, com texto de Madeleine Milhaud, sua prima e esposa (1938), Bolivar (1943),Le Pauvre Matelot( O Marinheiro Pobre), L'Enlèvement d'Europe(O Ra0pto da Europa), L'Abandon d'Ariane(O Abandono de Ariadne).object width="425" height="344">Les Choéphores

,


Francis Jean Marcel Poulenc (Paris, 7 de janeiro de 1899 – 30 de janeiro de 1963) foi um compositor e pianista francês, membro do grupo Les Six, autor de obras que abarcam a maior parte dos gêneros musicais, incluindo canção, música de câmara, oratório, ópera, música para bailado e música orquestral.
Poulenc começou a compôr com 7 anos de idade e aos 15 anos estudou com Ricardo Vinhes, que o encorajou para compor, apresentando-o a Satie, Casella, Auric e outros. Em 1917 a sua "Rapsodie Nègre" deu-lhe uma importância notável em Paris. Mas os seus conhecimentos técnicos eram escassos, pois Poulenc nunca frequentou o Conservatório. Assim em 1920 decidiu estudar harmonia durante três anos com Charles Koechlin. mas nunca estudou Contraponto nem Orquestração. Os seus conhecimentos de forma eram intuitivos. Em 1920 um crítico musical, Henri Collete escolheu 6 destes "Nouveaux Jeunes" e chamou-lhes "Les Six"; Poulenc fazia parte deste grupo. Deram concertos juntos, sendo um dos seus artigos de fé que se inspiravam no «folclore parisiense», isto é, nos músicos de rua, nos teatros musicais, nas bandas de circo.
O ambiente parisiense da época é fielmente representado na versão de Poulenc de "Cocards" de Cocteau. Esta obra chamou a atenção de Stravinski que recomendou Poulenc a Sergei Diaguilev, sendo o resultado desta colaboração o ballet "Les Biches", no qual ele expressa a sofisticação frágil dos ano 20, uma compreeensão verdadeira do idioma do Jazz e dp seu lirismo romântico que cada vez mais vai influenciar a sua obra.
As suas obras mais conhecidas são talvez as canções para voz e piano, em especial as escritas a partir de 1935, quando começou a acompanhar o grande barítono francês Pierre Bernac.
As suas versões de poemas de Apollinaire e do seu amigo Paul Eluard são particularmente boas, cobrindo ums vasta gama de emoções.

Compôs 3 óperas, sendo a maior "Les Dialogues des Carmélites" (1953-56), baseada em acontecimentos da Revolução Francesa, e as suas obras religiosas têm um toque de êxtase como o que apenas se encontra nas obras de Haydn. Ainda compôs "Les Mamelles de Tirésias"( Os seios de Tirésia - (1947)), e "La voix Humaine"( A voz humana (1959)).
A morte acidental do seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud conjugada com uma peregrinação à Virgem Negra de Rocamadour, em 1935, levaram Poulenc a regressar ao catolicismo, resultando em composições em tom mais austero e sombrio.


"Les Dialogues des Carmélites"é uma ópera de 3 atos, sobre um libreto de Emmet Lavery, baseada na peça de Georges Bernanos.


Levic

domingo, 27 de setembro de 2009

Ópera - Compositores alemães -Séc.XX

Eugen d’Albert nasceu em Glasgow (Escócia) em abril de 1864. Começou seu trabalho em Londres e, depois em Viena, com uma carreira brilhante consagrada sobretudo à interpretação dos clássicos alemães. Aluno de Liszt, foi um dos maiores pianistas de sua época. D’Albert morreu em Riga (Letônia), em 1932.

Sua ópera Tiefland (Terra-Baixa) representada pela primeira vez em 1903 foi, na época, reconhecida como de mérito indiscutível. Prosseguiu escrevendo óperas: Flauto solo, Die toten Augen, e muitas outras, sendo que Mister Wu (1932) ficou incompleta.

Casou-se 6 vezes, tendo sido um destes matrimônios com a pianista venezuelana Teresa Carreño.


O vídeo é da ária"Ich soll dich töten?", do ato 2, tendo como cantores Peter Seiffert (Pedro)e Petra Maria Schnitzer (Marta), sob a Orquestra Simfônica del Gran Teatre del Liceu, com a direção musical de Michael Boder.



Richad Strauss, nasceu em 1864, tendo sido um legítimo representante do período de transição do romantismo alemão, para a música moderna de finais do século XX.

Seu período criativo mais significativo inicia-se a partir de 1886, e segue até 1912 aproximadamente. Nestes primeiros anos, Strauss se dedicaria sobretudo a poemas sinfônicos e sinfonias. Gradualmente, no entanto, dos seu trabalho migra para a ópera e é neste terreno que surgirão suas composições mais importantes.

Entre suas maiores realizações estão os poemas sinfônicos, “Don Juan”, de 1889; “Morte e Transfiguração”, de 1891; e “Assim Falou Zarathustra”, de 1896; e suas óperas “Guntram”, de 1894; “Salomè”, de1905; “Elektra”, de 1909, e “O Cavaleiro das Rosas”, de 1911.

"Der Rosenkavalier"(O Cavaleiro das Rosas)apresentada em The Zurich Opera (Orquesta)tendo Franz Welser-Möst como regente, e os cantores Vesselina Kasarova (Octavio) e Malin Hartelius (Sofía).


A ópera Salomé (1905),ele pôs em música o texto integral da peça de Oscar Wilde (em tradução alemã): é uma obra-prima em decadentismo extremamente requintado. Em estilo semelhante escreveu-lhe o poeta austríaco Hugo von Hofmannsthal o libreto de Elektra (1909), que alguns consideram como a maior obra de R.Strauss. Hofmannsthal influenciou também, a conversão de R.Strauss a Mozart, cujo fruto foi O cavaleiro da rosa (1911), o maior sucesso da arte operística no séc. XX. Essas três óperas pertencem ao repertório permanente.

Mas de Ariadne em Naxos (1912-1917) só sobrevive uma suíte, tirada da música; e sobre as últimas óperas de R.Strauss - A mulher sem sombra (1919), A Helena egípcia (1928), Arabella (1933), Dafne (1937) e outras - as opiniões continuaram divididas.

"Salome", com o libreto de H.Lachmann e com Catherine Malfitano na Dança dos Sete Véus.

Além de compositor e regente, Richard Strauss foi um ativo homem de cultura. Dirigiu a Ópera Real de Berlim e, em 1919, foi nomeado diretor da Ópera de Viena, cargo que ocupou durante cinco anos. Criou também o festival de Salzburgo.

Em 1932, Strauss compôs a ópera "Arabela". Nessa época, a Alemanha já era nazista e Strauss acabou se envolvendo com o regime.

Aceitou o cargo de presidente da Câmara de Música do Reich, mas foi demitido por Goebels. A acusação foi manter o nome do libretista Stefan Sweig, que era judeu, nos cartazes de divulgação da ópera "A Mulher Silenciosa".

Richard Strauss não foi mais importunado pelos nazistas. Com o tempo foi se recolhendo em sua casa de campo em Garmisch e diminuindo suas atividades.

Strauss regeu pela última vez em 1949, nas comemorações de seu 85o aniversário. Nesse mesmo ano, depois de uma sucessão de problemas cardíacos, faleceu.


Hans Erich Pfitzner (Moscovo, 5 de maio de 1869 — Salzburgo, 22 de maio de 1949) foi um compositor alemão que descrevia-se como anti-modernista. Seu trabalho mais conhecido é a ópera Palestrina, baseada na vida do compositor do século XVI Giovanni Pierluigi da Palestrina. Sua música era respeitada por contemporâneos como Gustav Mahler e Richard Strauss.

"Palestrina" apresentada no teatro Bavarian State Opera,em Munich.


Arnold Franz Walter Schoenberg, (Viena, 13 de setembro de 1874 — Los Angeles, 13 de julho de 1951) foi um compositor alemão (austríaco) de música erudita e criador do dodecafonismo, um dos mais revolucionários e influentes estilos de composição do século XX.

Franz Walter Arnold Schoenberg nasceu em Viena, então capital do império austro-húngaro e seus pais, modestos comerciantes judeus, apreciavam a música como muitos austríacos de sua geração. O menino, por volta dos nove anos, já compunha pequenas peças para dois violinos, que tocava com seu professor ou com um parente. Aos 16 anos, premido por dificuldades financeiras advindas da morte do pai, Schoenberg trabalhou como funcionário de banco até 1895.

Depois da primeira guerra mundial, Schoenberg começou a desenvolver o método dodecafônico, em que cada composição é estruturada a partir de uma série, formada por 12 notas diferentes, da qual derivam todas as variações harmônicas e melódicas.

Em 1921, iniciou a primeira
obra dodecafônica, Suíte para piano, e em 1930 a ópera Moses und Aaron (Moisés e Aarão), que deixou inacabada.Outras óperas são: A Espera (monodrama) e De Hoje para Amanhã (ópera em 1 ato).

Apesar de seu prestígio como compositor e teórico, que lhe valeu em 1925 a nomeação para compositor da Academia de Artes de Berlim, a ascensão do nazismo obrigou-o a emigrar para os Estados Unidos, onde passou o resto de sua vida e cuja nacionalidade adquiriu em 1941.

Arnold Schoenberg morreu em Los Angeles, Califórnia, em 13 de julho de 1951.

A ópera foi apresentada no Vienna State Opera , com a Orquestra e Coro de Vienna State Opera, com o regente Daniele Gatti.


Alban Maria Johannes Berg (Viena, 9 de Fevereiro de 1885 — Viena, 24 de Dezembro de 1935) foi um compositor austríaco.Foi apelidado "o romântico do dodecafonismo", pois nas obras que escreveu esse estilo sobrevive na expresividade e dramatismo. Compôs as óperas Wozzeck e a incompleta Lulu.

A ópera Wozzeck.


O filme feito da ópera Lulu, que como último cliente tem o Jack Estripador, o qual mata Lulu. Lava as mãos e se retira.

(Ver outros vídeos nos correlacionados)

Autodidacta musical até ser aluno de Arnold Schoenberg (entre 1904 e 1911), acaba por interessar-se por composição e pelo dodecafonismo. Junto com o seu mestre Schoenberg e o seu amigo e condiscípulo Anton Webern pertence à chamada Segunda Escola de Viena (sendo a primeira o trio formado por Haydn, Mozart e Beethoven).

Faleceu provavelmente devido a picada de inseto e consequente envenenamento sanguíneo, aos 50 anos.






Carl Orff (Munique, 10 de Julho de 1895 — Munique, 29 de Março de 1982) foi um compositor alemão. Sendo um dos mais destacados compositores do século XX. A sua maior contribuição deve-se, contudo à sua influência na pedagogia da música, ao criar o instrumental Orff, um método de ensino musical baseado na percussão. Criou um centro de educação musical para crianças e leigos em 1925, no qual trabalhou até à data do seu falecimento.

Entre suas obras destaca-se a cantata Carmina Burana e sua ópera "A Mulher Sábia" é pouco
conhecida.

Ysgol Glanaethwy canta "O Fortuna" extraída de Carmina Burana, que pode ser considerada uma espécie de opera.

Agora com a encenação de Jean Pierre Ponnelle, que é bem surrealista, falando das reviravoltas da fortuna.


Paul Hindemith (1895 - 1963) foi um compositor alemão nascido em Hanau, perto de Frankfurt am Main,sendo considerado um dos principais compositores da primeira metade do século XX e que deu importante contribuição ao desenvolvimento da teoria musical.

Iniciou-se
profissionalmente como violinista de cafés e aos vinte anos já se tornara regente da Ópera de Frankfurt e, a seguir, integrou o Quarteto Amar.

Opôs-se ao atonalismo de Arnold Schoenberg (1874-1951) e formulou sua teoria na publicação Unterweisung im Tonsatz (1937-1939) e outros livros, em que propôs uma nova concepção da harmonia.

Acusado de bolchevista cultural pelos nazistas, emigrou (1939) para a Turquia e depois para os Estados Unidos, onde ensinou na Universidade de Yale. Levou mais de um década para voltar para a Europa (1953) e lecionou em Zurique e Frankfurt, cidade onde morreu dez anos depois.

Deixou obra vasta, abrangendo vários gêneros, onde sobressaem o ciclo Das Marienleben (1924-1948), com versos de Rainer Maria Rilke (1875-1926), a ópera Cardillac (1926), baseada em um conto de Amadeus Hoffmann (1776-1822), o concerto Schwanendreher (1935), com temas de canções alemãs antigas, e a ópera Mathis der Maler (1928), considerada sua obra-prima, em torno da vida do pintor sacro germânico Mathias Grünewald (1475–1528).


'Mathis Der Maler' - (Hindemith)com Stefano Algieri como Hans Schwald e Albert Dohmen como Mathis, Georgina von Benza como Regina, numa apresentação no "Gran Teatre del Liceu" - 1994


Erich Wolfgang Korngold (Brno, 29 de maio de 1897 — Hollywood, 29 de novembro de 1957) foi um compositor austríaco naturalizado norte-americano.

Em sua infância, já demonstrava possuir grande talento para a composição, tendo sido elogiado por Mahler. Posteriormente, recebeu lições de Zemlinsky. Com apenas treze anos compôs música para o balé “Der Schneemann”. Seguiram-se as óperas “Violanta” (1916) e “Die Tote Stadt” (1920), que tiveram grande sucesso.

Sua segunda ópera "Violanta".


Da ópera "Die tote Stadt" (A Cidade Morta), a ária de Mariettas Lautenlied.


À partir de 1934, muda-se, juntamente com sua esposa e filhos, para Hollywood, passando a compor música para o cinema. As trilhas sonoras que escreveu, bem-recebidas pelo público e pela crítica, tornaram seu nome famoso nos Estados Unidos.

Compôs também obras orquestrais, música de câmara, canções, um concerto para violino, e um concerto para piano.

Para o piano, compôs
três sonatas, a suíte "Don Quixote", e várias outras obras.


Viktor Ullmann (1 de janeiro de 1898 — 18 de outubro de 1944) foi um compositor, maestro e pianista,austríaco. Nasceu em Teschen, fazia parte do Império Austro-Húngaro hoje Cieszyn na República Checa. Faleceu no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Os seus pais eram de famílias de ascendência judaica, mas que se haviam convertido ao catolicismo antes de seu nascimento.

Viktor Ullman chegou a Theresienstadt em setembro de 1942. Enquanto ali esteve, compôs 22 trabalhos, entre os quais sonatas, melodias para coros infantis, cantos como os Lieder der Trostung (Cantos de Consolação), para voz e quarteto de cordas.

Talvez a mais importante de todas as obras musicais compostas em Theresienstadt seja "Der Kaiser von Atlantis" (O Imperador de Atlantis), de Viktor Ullman e Peter Kien (1919-1944), concluída em outubro de 1944. A ópera é baseada nos horrores dos campos de concentração, fazendo uma analogia com personagens importantes do Reich e a situação vivida pelos judeus. Chegou a ser ensaiada várias vezes, mas teve a estréia cancelada por ordem das SS, já que o enredo se constituía numa grande paródia de Hitler e previa sua queda iminente. Um pouco antes da première de Der Kaiser von Atlantis, a maioria dos músicos foram deportados para Auschwitz, inclusive Viktor Ullman, assassinado
em outubro de 1944. Mas a partitura original foi salva por H.G. Adler, amigo de Viktor Ullmann, que sobreviveu ao Holocausto e foi morar em Londres.


Luciano Garay (Der Kaiser) Hernan Iturralde (Der Tod), tendo Marcelo Lombardero como regente no Teatro Colon, em 2006.


Passados alguns anos, Adler entregou a peça ao dirigente Kerry Woodward, que preparou uma nova versão, estreada mundialmente
em 1975.


Kurt Weill (Dessau, 2 de Março de 1900 - Nova Iorque, 3 de Abril de 1950) foi um compositor alemão, autor de numerosas canções e da Ópera dos Três Vintens, transposição da Ópera dos Mendigos de Pepusch.

Kurt Weill nasceu numa família judaica muito religiosa (o seu pai era cantor numa sinagoga), e mostrou talento musical desde tenra idade.

Estudou composição musical no Conservatório de Berlim com Ferruccio Busoni.

Colaborou com Bertolt Brecht em finais da década de 1920 na produção e criação de óperas e musicais, como Aufstieg und Fall der Stadt Mahagonny (Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny), Die Dreigroschenoper (A Ópera dos Três Vintens) e Os Sete Pecados Mortais (Die sieben Todsünden).

'A ópera dos três vinténs', com a cantora Lotte Lenya, no trecho da canção de Bárbara.


Os Sete Pecados Capitais:


Gottfried von Einem (Berna, 24 de janeiro de 1918 — Oberdürnbach, 12 de julho de 1996) foi um compositor austriaco. É conhecido principalmente pela suas óperas, influenciado pela música de Stravinsky e Prokofiev, bem como pelo jazz. Ele compôs peças para piano, violino e órgão.

São suas óperas: Dantons Tod, Der Prozeß, Der Zerrissene, Kabale und Liebe, Der Besuch der alten Dame, Jesu Hochzeit,
Der Tulifant, Luzifers Lächeln.

Dantons Tod:



Bernd Alois Zimmermann (20 de março, 1918 - 10 de agosto, 1970; nome completo Bernhard Alois Zimmermann) foi um compositor alemão ocidental do "pós-Segunda Guerra Mundial". Ele é conhecido pela sua ópera Die Soldaten que é considerada uma das mais importantes óperas do século XX.

"Die Soldaten" (1965),baseado no drama de Jakob Michael Reinhold Lenz (1751-1792).


Sua música emprega uma ampla gama de métodos.


György Sándor Ligeti (Dicsőszentmárton, 28 de maio de 1923 — Viena, 12 de junho de 2006) foi um compositor húngaro judeu, amplamente
considerado como um dos mais notáveis compositores de música erudita do século XX. Sua obra mais famosa é a ópera "Le Grand Macabre".

Opera em 2 atos, baseda na "La balade du Grand Macabre" de Michel de Ghelderode.
Na primeira cena, num set imaginário de Breughelland , um casal de lésbicas fazem amor.

Também é conhecido por algumas músicas das trilhas sonoras de filmes como 2001: Uma Odisséia no Espaço e Eyes Wide Shut.


Hans Werner Henze nasceu em 1º de julho de 1926 em Gütersloh, no Estado alemão de Vestfália. Resolve estudar música contra a vontade dos pais. Ainda adolescente, sente-se atraído pelas composições modernas.

Foi um dos principais compositores alemães da segunda metade do século XX. Durante a sua formação musical, o nazismo estava no poder e, conseqüentemente, o modernismo estava banido.

É recrutado aos 18 anos para lutar na guerra, como soldado alemão, mas é transferido para o setor de cinema de propaganda. Depois ficou preso num campo inglês, e só retomando em 1946 os seus estudos de música.

Com o fim do regime, passa a sofrer influência de Debussy, Richard Strauss, Bartók, Stravinsky, Schoenberg e Weill, entre outros. Muda-se para a Itália e isto coincide com a explosão de Henze no meio mais propício a seu talento: o palco teatral. À ópera Il Re Cervo (1953-62) segue-se o sucesso de Der Prinz von Homburg, Der junge Lord – textos adaptados pela autora austríaca Ingeborg Bachmann–, Elegy for young lovers e The Bassarids (encomendada pelo Festival de Salzburgo de 1964) – ambas com libreto de W.H. Auden, também colaborador de Igor Stravinsky.Com a ópera Boulevard Solitude, revela seu próprio estilo e torna-se conhecido.

A ópera moderna Pollicino, baseada nos contos de Collodi, Grimm and Perrault, de 1980. A cena do vídeo se passa numa floresta.




Sua linguagem harmônica, que se orientou dentro do serialismo durante os primeiros anos, ficou mais lírica depois que, nas décadas de 50 e 60, passou longos períodos na Itália. As Musas da Sicília, por exemplo, é uma de suas obras mais tranqüilas e sensuais. A partir de 1968 tornou-se revolucionário de esquerda. Foi para Cuba, onde produziu uma série de peças de temática política.

São suas óperas: Boulevard Solitude (1952), ópera; König Hirsch (1952), ópera; As Musas da Sicília, ópera;Elegie für jung Liebende (1959), The Bassarids (1965), ópera.

A ópera Boulevard Solitude.


Aribert Reimann (Berlim, 4 de março de 1936) é um compositor de ópera e pianista alemão. Sua versão do Rei Lear, foi escrito por sugestão de Dietrich Fischer-Dieskau, que cantou o papel títular.

"Lear" é uma ópera em dois atos,com música de Aribert Reimann (1936), e libreto de Claus H. Henneberg, baseada na tragedia "King Lear", de Shakespeare.


Levic