Vale a pena ser feliz

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Vale a pena desabafar



Amigo querido que me chegaste
tão facilmente na minha jornada.
Me digas, sem rastreios nas palavras

por que tu fazes isso comigo?
por que me fazes arrancar os cabelos?
por que me deixas esperando
por tua companhia
quando estou cheia de dúvidas?
Qual será a tua? É desprezo?
É, talvez, desvalorização do teu ato?
Ou é puramnete sadismo?
Sair correndo de fininho
sem deixar pegadas no chão
impedindo de eu segui-las,
é afastar-se dos meus anseios
é pendurar-me imóvel na dissecação
é aproveitar-se da minha credulidade.
Jovem amigo, tome tenência
neste jogo de relações na vida.
Ou será que a surpresa que me causas
aguça os meus deuses para abrandar
a minha maldição,
impedindo-me de eu sair em desatino
para castigar-te com lanças, pés e mãos?
Amigo novo e meu novo amigo,
não quero permanecer em silêncio profundo
enquanto tu rodeias por aí
e nem dás notícia para quem te espera,
atônita e meticulosa com as idéias de entrar ou não
nos labirintos do teu ensino,
sozinha, diante do monstro devorador.
Não sei, mas acho que uma cerimônia
vai cair bem entre nós dois,
mesmo que uses a estratégia do mentir.
Velho amigo, que já amo tanto,
em vez de negacear com tua presença,
por que não me dás o conforto do abraço
telefonando dizendo que não vem.


Levic

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