Vale a pena ser feliz

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ópera Francesa - romantismo - continuação

Jacques Offenbach (1819- 1880) foi considerado pela crítica como o "Liszt do violoncelo", e ele não só se dedicou a compor várias obras para esse instrumento, bem como participou de uma série de concertos nas principais capitais européias.

Na corte londrina, apresentou-se para a Rainha Vitoria I e o príncipe Alberto.

Mas o que lhe trouxe fama foram as suas operetas (óperas alegres) que satirizavam as fragilidades políticas da época (Napoleão III). Sua primeira opereta foi "Pepito", em 1844.

Em 1875 já havia composto 90 operetas, sendo a maioria delas com libreto do escritor francês Ludovic Halévy. Suas obras mais famosas são “Orfeu no Inferno”(1858), com o seu famoso cancam, “Os Contos de Hoffmann(1880) que tem a famosa barcarolas." Os Contos de Hoffmann" pode ser considerado como uma ópera.

Natalie Dessay canta da ópera "Contos de Hoffmann" o trecho de "Les oiseaux". Ver link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=e1k5l4oiCEc

A soprano Liudmilla Shiikhova canta a ária de Olympia (Canto da Boneca) da ópera "Contos de Hoffmann".


A brasileira Carla Mafioletti, integrante da Cia de André Rieu, canta a mesma ária da boneca. Confira:


Orfeu no Inferno("Orphée aux Enfers") é uma opereta que fez e faz muito sucesso.Foi apresentada em São PAulo, dirigida por Mauro Wrona, em 2007 esta opereta,já com tradução. Acho que a amostra é necessária ver.
Em primeiro vamos ver o Dueto da Mosca, com a soprano Gabriella Rossi e o barítono Pedro Ometto.


Agora é o Dueto do Concerto com a soprano Gabriella Rossi e o tenor Luiz Guimarães.
Versão brasileira da ópera "Orphée aux Enfers" de J. Offenbach, apresentada pelo Projeto Ópera Estúdio da ULM, dirigido por Mauro Wrona.
Com a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, sob a regência de João Maurício Galindo.
Apresentada em Novembro de 2007, no Theatro São Pedro, São Paulo.


O famoso CanCan.


Com as suas operetas ele serviu de gênero para J.Strauss Fº, Arthur Sullivan e Franz Lehár. Offenbach não consueguiu ver a estréia dos “Contos de Hoffmann” pois faleceu antes.

Georges Bizet( 1838- 1875), Georges Alexandre César Léopold Bizet foi um compositor francês da época do romantismo. Suas obras mais conhecidas são as óperas "Carmen" e "Les pêcheurs de perles" ("Os pescadores de Pérolas"). "Carmen" tem sucesso até hoje e é considerada uma obra revolucionária.
Julia Migenes canta Carmen, na mais famosa ária.


Joanna Touliatou e Franco Tenelli na famosa "Seguidille" da ópera Carmen.


Em 1857, Bizet obteve o primeiro prêmio do Prix de Rome, uma competição instituída na França na categoria de composição musical, e que lhe valeu uma estadia de 3 anos na Itália.

Regressou a Paris em 1861 e, apesar de ver o seu talento reconhecido por muitos, raramente obteve o sucesso que almejava.

A primeira obra a ganhar popularidade foi a música incidental da peça "L'Arlésienne", composta em 1872, apenas 3 anos antes da morte do compositor.

Jules Massenet (1842- 1912) consolidou-se como compositor com a apresentação do oratório” Marie-Madaleine”, em Paris. Ele compôs, além de balés, suítes sinfônicas, concerto para piano e várias melodias, 26 óperas.

São por estas últimas composições que Massenet ficou conhecido, destacando-se “Manon” (1884), “Le Cid” (1885), “Werther” (1892), “Thaïs” (1894) e “Don Quichotte” (1910).

Outros links afins:
http://operaedemaisinteresses.blogspot.com/2008/12/fleming-protagonista-de-thas-de-jules.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tha%C3%AFs
http://www.sabercultural.com/template/musicas/MassenetMeditacaoSolo.html
http://200.194.222.32/produto/6/21435254/jules+massenet:+manon-+importado+-+duplo

O vídeo mostra o começo do 1ºAto de Manon, apresentada em Viena em 2007, com Anna Netrebko.

Ambroise Thomas, (Charles Louis) ( 1811 - 1896) foi um compositor de ópera e professor de música, conhecido pelas suas óperas, "Mignon" (1866), "Hamlet" (1868, de Shakespeare) e como diretor do Conservatório de Paris (1871-1896). Escreveu inúmeras óperas e outras composições musicais, como também música para balé.

A ária "Je suis Titania", cantada por Ruth Welting da ópera "Mignon".


Da mesma ópera e ária "je suis Titania la Blonde",canta a soprano francesa Annick Massis.Ver no link:http://www.youtube.com/watch?v=ffAvVf4_jOM

Leo Delibes(1836-1891), Clément Philibert Léo Delibes é o maior compositor francês de música para balé. Especializou-se nas óperas cômicas e operetas (de temáticas leves), embora tenha sido reconhecido também pelas suas óperas sérias.

Só depois de muitos estudos e composições, teve sua chance em ser fazer reconhecido com a apresentação, em 1866, da sua obra “Alger” para Napoleão III, que o aplaudiu.

Estreou a ópera "Lakmé" (1883), umas das mais brilhantes e elogiadas. Essa obra ganhou rápida notoriedade e ficou, à época, tão famosa quando "Carmem", de Bizet.

A ária chamada de 'Mallika, Viens ...' da ópera'Lakmé', apresentada em animação.Ver abaixo:


Amira Selim canta a ária de Lakmé "Les fleurs me paraissent plus belles..Pourquoi" no ato 1º.

Vale a pena ver outros trechos da ópera:

http://www.youtube.com/watch?v=QpbZvszWs1I

http://www.youtube.com/watch?v=CX-6Ej2lnwg&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=gkc4zYUp9A4
http://www.youtube.com/watch?v=bsCp6iP7KrA
http://www.youtube.com/watch?v=ju-oCQxZ9hs

E por último Anna Netrebko com Elina Garanca:


Sua última ópera, "Kassya", foi orquestrada por Jules Massenet, após sua morte. Delibes morreu em Paris, de causa desconhecida.

Jacques-François Fromental Elias Halévy (1872-1962) nasceu em Paris, numa família judaica com raízes na Espanha pré-inquisitória. Ele ingressou no conservatório aos 11 anos e tornou-se o aluno favorito do compositor italiano operístico Cherubini.

Ao vencer o prestigioso Prix du Rome em 1819, o jovem pôde viajar à Itália e, mais tarde, à Viena, onde conheceu Beethoven.

Apesar de suas obras atualmente terem sido esquecidas, já foi considerado uma das principais figuras artísticas da França. No decorrer de sua carreira, ele escreveu 40 óperas, abarcando diversos gêneros musicais.

Ao lado de Meyerbeer e Auber, foi um dos compositores mais importantes e bem sucedidos do período da Grand Opéra.

Halévy continuou produzindo óperas de grande sucesso durante o resto de sua vida, incluindo “Charles VI”,” La Reine de Chypre”,” La guittarerro “ e “Jaguarita l’Indienne”. Não obstante, quase nenhuma obra de Halévy conquistou cadeira permanente no repertório operístico internacional.

Halévy gozou de uma vida social ativa e muitas honrarias públicas, incluindo o posto de secretário permanente do Instituto de France. Bizet, o criador de Carmem, foi seu genro. Halévy também era escritor, com livros publicados sobre uma variedade de assuntos. Ele morreu em Nice, aos 63 anos de idade.

Adolphe Charles Adam (1803 - 1856) foi um compositor francês. Estudou e trabalhou em Paris, no Conservatório desta cidade, de 1829 a 1852. Estreou inúmeras óperas cômicas, de que “Le Postillon de Longjumeau” (1836), “Le Toréador” e “Si j' étais rói “(1852) são exemplos.

"Mes amis, écoutez l'histoire.."da ópera “Le Postillon de Longjumeau”.Ver no link:
http://www.youtube.com/watch?v=wuSEA9npjXg

Nicolai Gedda como "Chapelau" na ópera "Le postillon de Lonjumeau",com a "The Royal Opera of Stockholm"em 1952.


Édouard-Victoire-Antoine Lalo (1823 -1892) foi um compositor francês de ascendência espanhola.

Participou na sua juventude, na atividade musical do conservatório da cidade. Aos 16 anos, estudou no Conservatório de Paris e durante vários anos, trabalhou como professor, em Paris.

Lalo despertou o seu interesse pela ópera que o levou a compor obras para o palco.

Sua ópera "Le Roi d'Ys" tem uma bela ária cantada aqui no vídeo por Florian Laconi.



Morreu em Paris com 69 anos de idade, com várias obras inacabadas.


Alexis Emmanuel Chabrier
(1841 -1894) foi um compositor francês da era romântica.Chabrier estudava piano como amador desde os seis anos de idade, e mostrava-se muito habilidoso como compositor, mas seu pai obrigou-o estudar Direito.

A sua vida profissional começou com um cargo no Ministério do Interior em 1862.

Mas em 1879 visitou a Alemanha e ao assistir à ópera Tristão e Isolda, de Richard Wagner, ficou muito impressionado com a obra, e decide se dedicar inteiramente à música, pedindo demissão do ministério em que trabalhava.

No período em que estava trabalhando no ministério, Chabrier compôs suas primeiras óperas:” L'Étoile”, em 1877, e “Une Éducation manquée”, em 1879.

Stéphanie d' Oustrac canta a ária de Lazuli da ópera-bufa L'étoile.


Era um típico homem de cultura do romantismo. Partilhava com os parnasianos um espírito de humor na sua visão crítica da sociedade, privando com os grandes mestres da pintura impressionista como Renoir, Monet e Manet e na música recebeu a influência de diversos compositores franceses, principalmente de Claude Debussy, Maurice Ravel e Francis Poulenc.

O estilo de Chabrier é muito variado: harmonias de ópera wagneriana, espírito melódico de opereta, melodias tradicionais, criações divertidas.

Há de tudo um pouco nas suas óperas, peças orquestrais, obras para piano, canções e outras obras vocais.

E assim essa tendência do romantismo que se manifesta nas artes , na literatura , na música nasce na Alemanha, e depois na Inglaterra e na Itália, mas é na França que ganha força e é de lá que se espalha pela Europa e pelas Américas.

Opõe-se ao racionalismo e ao rigor do neoclassicismo. Caracteriza-se por defender a liberdade de criação e privilegiar a emoção. As obras valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a natureza, os temas nacionais e o passado.

Levic

Um comentário:

George Luis disse...

Pelo menos dessa eu conheço algumas!!! Simplesmente adoro o "dueto das flores" da ópera Lakmé. Gostei bastante também da versão em português do "dueto da mosca"; estava muito engraçado! Muito bom conhecer o Lalo e o Chabrier!

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