



"Le petit Nicolas" - O pequeno Nicolau - é uma série francesa de livros (História em Quadrinhos) infantis, publicada entre 1956 e 1964. A série retrata o mundo visto por um garotinho inocente - o Nicolau, que não entende a reação dos adultos, agindo pela sua lógica infantil e quando os seus pais ralham com ele, desata logo a chorar! A série do Pequeno Nicolau contém 5 títulos: O Pequeno Nicolau; As Férias do Pequeno Nicolau; Novas Aventuras do Pequeno Nicolau; O Pequeno Nicolau e seus Colegas e O Pequeno Nicolau no Recreio.


Continuo dizendo que há muito tempo um filme não me fazia chorar de tanto rir quanto esse, e de uma maneira simples e eficiente,oferecendo um mundo povoado pela doçura e inocência do olhar infantil. É muito bom em diversos sentidos: trata das aventuras de crianças que vivem e olham o mundo com o olhar de crianças, as situações entre os adultos que são entendidas pelos adultos não deixam de ser divertidas, a fotografia e adaptação de época para a década de 1950 são excelentes e a trilha sonora sensacional de Klaus Baudet.
No final, fica aquele gostinho de como é bom ser criança e ter a felicidade dessa fase da vida. Assim o filme mostra Nicolau: um menino alegre, feliz, com muitos amigos no colégio que frequenta. Um dia, ao escutar uma conversa de seus pais, ele interpreta que irá ganhar um irmãozinho. Muito impressionado com a história do "Pequeno Polegar", o garoto acredita que seus pais não lhe amarão mais, e que irão abandoná-lo em uma floresta. Apavorado, ele pede ajuda aos seus inseparáveis amigos. Juntos, eles armam planos mirabolantes para ajudar

Em um dado momento do filme as crianças inventam uma forma de ganhar dinheiro fácil para custear um perigoso projeto: copiar a poção mágica de Asterix e vender para seus colegas, afirmando que eles ficarão tão fortes quanto o personagem da revista em quadrinhos. Este pequeno trecho dá uma boa idéia do estilo de humor inocente utilizado pelo filme e também coloca lado a lado os dois personagens mais conhecidos de René Goscinny, o Petit Nicolas e o simpático gaulês Asterix.

Outro aspecto que salta aos olhos é a belissíma direção de arte, que mantém todo o espírito da obra de Goscinny e consegue criar umabela Paris e seus arredores dos anos 50 de maneira lúdica, nos remetendo um pouco aquela estética da Paris de Jacques Tati com seu inesquecível Monsieur Hulot.

E porque é uma produção francesa o filme está apenas no circuito de sala de arte, onde quase as crianças não comparecem. Só porque é europeu, ou asiático não merece estar nas grandes salas? Com isso todos perdem. Enfim, melhor eu parar por aqui…
Vale a pena dizer: o filme é maravilhoso!

Levic
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