Vale a pena ser feliz

sábado, 16 de janeiro de 2010

Um filme maravilhoso...Vale a pena



Vale a pena ver o filme "Seraphine"."Séraphine" é um dos grandes fenômenos do recente cinema francês — um retrato íntimo de uma pintora que simboliza uma certa arte naïf da primeira metade do século XX.

O filme é de Martin Provost, que foi o grande vencedor do César, o Oscar do cinema francês.




“Seraphine” narra a extraordinária vida da francesa Seraphine de Senlis, uma mulher nascida em 1864 que foi empregada doméstica antes de se transformar em pintora e submergir-se na loucura. O longa ganhou também os prêmios de melhor atriz para Yolanda Moreau, assim como de melhor roteiro original, fotografia, trilha sonora, figurino e cenário. Enfim, o filme é comovente e de uma ternura que escapa pelas fotografias e nos poucos diálogos proferidos pela protagonista. Assim é "Séraphine", sobre Séraphine de Senlis (1864-1942), referência lendária de uma pintora francesa no estilo primitivo (naïf ) e também alguém cuja existência foi toda ela marcada pela ameaça da loucura.

Autodidata, ela foi inspirada por imagens religiosas. Seus motivos decorativos repetiu seus quadros cheios de luz e cor, às vezes são interpretados como um reflexo de seu estado psicológico de êxtase.

Uma mulher do campo, Seraphine presta serviços desde jovem em um convento de Senlis, e em famílias de classe média.

Em seus raros momentos livres, ela anda na natureza, mergulha as mãos na água gelada de rios, contempla o entardecer, ou sobe em árvores, como se fizesse parte da mesma. Um dia, com 42 anos, Seraphine, cuja fé cristã se voltou para o misticismo, ouve uma voz que que lhe manda fazer pinturas. Ela diz:" Minha pintura vem de cima ". Ela é uma artista ocupada pela Virgem e pela natureza, árvores, flores.

Suas primeiras pinturas, naturezas mortas, tropeçam nas mãos do colecionador alemão Wilhelm Uhde, um amigo de Picasso e Braque, com quem ela mantém relacionamentos.

Surpreso com a intensidade que emerge dessa expressão do primitivismo moderno, a encoraja a pintar cada vez mais.


Durante a Primeira Guerra Mundial, Wilhelm Uhde teve que fugir da França, perdendo o contato com Seraphine. No seu regresso em 1927, ele a encontra e organiza exposições, trazendo a história de obras que provavelmente teriam sido esquecidas. Mas Seraphine cai gradualmente à loucura.

Martin Provost conseguiu, assim, um filme digno de toda uma nobre tradição francesa em que o cinema se afirma como modo privilegiado de contemplação do universo da pintura, lembremos o genial "Van Gogh" (1991), de Maurice Pialat.

Eu queria compartilhar com vocês algumas das pinturas de Seraphine Louis (1864-1942).



Levic

2 comentários:

Giane disse...

Mais uma grande artista que conheço através do seu blog!

Agradeço sinceramente por compartilhar tanta arte e cultura com todos que por aqui passam.

Beijos mil, Leda!!!

George Luis disse...

Muito bom existirem pessoas assim, sabe? Que além de maravilhosas como ser-humano, é maravilhosa como pesquisadora.

Essa sua arte em descobrir e compartilhar é uma dádiva! E somos nós, seus leitores, que mais lucramos!

Muito obrigado!