Vale a pena ser feliz

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A sexualidade segundo Freud

Estive falando sobre Freud no meu blog "É diferente..."http://diferentedooutro.blogspot.com/, na última postagem e isso me reporta às reflexões a respeito da sexualidade humana, o ponto inicial da teoria freudiana. E Freud assinala que toda a sexualidade está na origem das neuroses.

Com linguagem mais apropriada ao tema, tentarei esclarecer, a quem possa interessar-se pela discussão, a complexidade da sexualidade que dá saída para todos os desejos humanos e sua consequente ambiguidade ou espantosa escolha amorosa.

Afinal, como tudo começou?

Podemos dizer que no momento em que o ser humano diferenciou-se dos outros animais, pela perda dos equipamentos instintivos (o ser humano tem pulsão e não instinto, que seria algo imutável herdado por gerações), houve uma espécie de defasagem, marcando o ser humano com uma falta estrutural,"desorganizando" consequentemente a sua sexualidade.

A ausência de instinto no ser humano exige dele um processo de simbolização para representar o objeto sexual, na medida que não é dado biologicamente a saída para a sexualidade.



Então, é neste sentido que a sexualidade vem aparecer no ser humano como uma disposição neurótica, pois ele é obrigado ao movimento de produzir uma sexualidade singular, obrigando-o a uma exigência de representação psíquica para dar conta desse desarranjo estrutural, que é a própria sexualidade humana.



A sexualidade, assim, é produtora de conflitos, uma vez que ela não é uma função (o que seria fácil de resolver), mas ela tem a ver com o desejo, e este é remetido à falta estrutural do ser humano e que, portanto, necessita de representações, de fiadores psíquicos para funcionar com certo equilíbrio.


A eficácia da sexualidade é fantasística e simbólica, e é pelo encaminhamento psíquico da pulsão que se pode dizer que a neurose foi instalada como processo de silenciar as energias das pulsões pela força do recalque, que é o processo insconciente de "esquecer" a primitiva sexualidade.


O que vem à tona na consciência( e nem sempre, porque é mais inconsciente mesmo) são os sintomas, sonhos e as simbologias singulares a cada um, em forma de cheiro, imagens, imaginações, palavras, obras de arte em todos os sentidos, os desafios, os jogos, as fantasias, os fetiches, enfim toda produção da criatividade, que só o ser humano possui.

O fato do ser humano ser pulsional, portanto, o predispõe ao conflito, revelando assim a disposição neuropática que está na origem da sexualidade. O que a sexualidade remete é ao desejo e este por sua vez remete à falta, à angústia que isso provoca, produzindo assim a
neurose. O ser humano "normal" é um ser neurótico na sua essência.

Woddy é tão neurótico que faz análise desde os 24 anos, porque "sabe" que é normal.


Levic

Um comentário:

George Luis disse...

Woody já se deu alta.

Esta postagem está difíci! Não entendi perfeitamente. Precisamos de mais explicações!!! Desconstrua o Freud!